terça-feira, 25 de setembro de 2012

Conflitos...

Milhares de 'indignados' protestam perto do Congresso da Espanha

Manifestantes denunciam democracia 'sujeita aos mercados financeiros'.
Houve confronto, e ato chamado via redes sociais teve 3 detidos e 1 ferido.

Milhares de indignados espanhóis protestaram na noite desta terça-feira (25) em torno do Congresso da Espanha, em Madri, transformado em uma fortaleza por trás de uma barreira policial reforçada, para denunciar o que chamam de "uma democracia sequestrada e sujeita aos mercados financeiros".
Durante a manifestação foram registrados confrontos entre manifestantes e policiais, que, com golpes de cassetetes, tentavam dispersar as pessoas que forçavam a barreira das forças de segurança, informou uma jornalista da France Presse.
Pelo menos três manifestantes foram detidos e um ficou ferido.
"Mãos ao ar, isto é um assalto", gritava a multidão diante dos policiais e suas barreiras erguidas nas ruas que levam ao Congresso, bradando as palavras de ordem dos protestos que se repetem contra a política de austeridade do governo conservador.
Indignados espanhóis protestam nesta terça-feira (25) diante do prédio do Parlamento, em Madri (Foto: AFP)Indignados espanhóis protestam nesta terça-feira (25) diante do prédio do Parlamento, em Madri (Foto: AFP)
Manifestantes entraram em confronto com a polícia de choque (Foto: AFP)Manifestantes entraram em confronto com a polícia de choque (Foto: AFP)
"Não aos privilégios políticos", "Democracia econômica", estava escrito nos cartazes.
Várias organizações e movimentos de indignados convocaram esta manifestação através das redes sociais.
"Eles roubaram nossa democracia. Nós perdemos a liberdade, o nosso Estado social, com os cortes na saúde e na educação. Tenho duas filhas e este ano eu tive que pagar muito mais por seus estudos", explicou Soledad Nunez, uma comerciante de 53 anos que veio do norte da Espanha.
Esta manifestante carregava dois cravos vermelhos e um cartaz com as palavras: "Você realmente acha que cruzando os braços vai resolver alguma coisa?"
"Se não há consumo, não posso vender", acrescenta, contando que os clientes são cada vez mais raros na loja por causa das medidas de austeridade que minam o poder de compra dos espanhóis.
"A democracia foi sequestrada. Em 25 de setembro vamos salvá-la", declara o manifesto de uma das organizações que convocou o protesto em seu site, Coordinadora #25S.
A Espanha recebe um plano de ajuda europeu para os seus bancos em dificuldades desde junho e paga o preço com medidas de austeridade históricas para reduzir seu déficit público. Estas medidas adotadas pelo governo conservador em dezembro têm causado profundo descontentamento.
"Uma série de medidas foram adotadas por decreto, sem que tivessem passado pelo Congresso", denunciou um porta-voz da Coordinadora #25S.
Fotógrafos clicam manifestante que fez topless durante o protesto nesta terça-feira (25) em Madri (Foto: AFP)Fotógrafos clicam manifestante que fez topless durante o protesto nesta terça-feira (25) em Madri (Foto: AFP)

 

Justiça proíbe no Brasil exibição de filme anti-Islã Decisão dá prazo de 10 dias para que YouTube retire vídeo do ar. Juiz acolheu pedido de entidade islâmica; Google ainda não se pronunciou.

A Justiça de São Paulo decidiu suspender do YouTube o trailer do filme “A Inocência dos Muçulmanos”, que vem provocando violentos protestos em países árabes por ser considerado ofensivo ao Islã.

A decisão, assinada pelo juiz Gilson Delgado de Miranda, da 25ª Vara Cível, nesta terça-feira (25), dá um prazo de dez dias para que o Google, à qual pertence o YouTube, retire do ar todos os vídeos que contêm cenas do filme, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento.

Procurado pelo G1, o Google Brasil ainda não se pronunciou sobre a decisão.
Cena de 'A inocência dos muçulmanos' (Foto: Reprodução/Youtube)Cena de 'A inocência dos muçulmanos' (Foto: Reprodução/Youtube)


O juiz acolheu o pedido da União Nacional das Entidades Islâmicas, que representa outras 16 entidades ligadas à religião no país. As entidades entendem que o filme viola a Constituição por “ofender o direito à liberdade de religião”.

“O caso realmente envolve uma questão complexa e de difícil solução. Em verdade, traz um conflito claro em relação à liberdade de expressão (art. 5, IV, da CF) e à necessidade de proteção de indivíduos ou grupos humanos contra manifestações que possam induzir ou incitar a discriminação de preconceito de religião”, escreveu o juiz.

A decisão cita os protestos contra o filme pelo mundo, que provocaram a morte de um embaixador e dois funcionários da embaixada dos EUA em Benghazi, na Líbia, e um protesto pacífico realizado em São Paulo pela Associação Beneficente Islâmica do Brasil no último dia 21.

O juiz também menciona o fato de o filme ser alvo de processo na justiça norte-americana, movido nesta semana pela atriz Cindy Lee Garcia, que pediu a retirada do vídeo do Youtube, dizendo ter sido enganada pelo produtor Nakoula Basseley Nakoula sobre o verdadeiro conteúdo do longa.

Barack Obama...


25/09/2012 11h34 - Atualizado em 25/09/2012 16h57

Obama pressiona regimes do Irã e da Síria na Assembleia Geral na ONU

Ele pediu saída de Assad e disse que tempo de Teerã 'não é ilimitado'.
Americano pediu união contra a 'intolerância' após protestos islâmcios.

Do G1, com agências internacionais
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O presidente dos EUA, Barack Obama, pressionou os regimes do Irã e da Síria em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (25), e fez um apelo contra o extremismo, após duas semanas de ataques a alvos norte-americanos em países muçulmanos.
Em um discurso bastante aplaudido, Obama pediu aos líderes mundiais reunidos na assembleia uma resposta "unida" aos ataques contra representações diplomáticas norte-americanas em países islâmicos.
O democrata, que é candidato à reeleição no pleito de novembro próximo, disse que os ataques das últimas semanas foram não aos EUA, mas "aos ideais que criaram a ONU".
"Hoje, devemos declarar que a violência e a intolerância não tem espaço nas Nações Unidas", disse.
Obama condenou o filme anti-Islã que desencadeou os protestos, mas disse que nenhum vídeo, por mais repugnante que seja, justifica a violência que se seguiu, provocando pelo menos 50 mortes em vários países.